TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS EPILEPSIAS PARCIAIS
 
Muitas cirurgias ressectivas dessa série foram realizadas com o auxílio de eletrocorticografia intra-operatória (Figura 59).
 

Figura 59

 

1. Ressecções temporais (foco localizado no lobo temporal)
(Quais são os sintomas da epilepsia?)

 
Entre as crises parciais encontradas em adultos, as crises parciais complexas (Quais são os sintomas de uma crise epiléptica?) de origem no lobo temporal são as mais freqüentes. Aparentemente o lobo temporal é o lobo do cérebro mais susceptível a se tornar foco de crises (principalmente a parte medial do lobo temporal) e as cirurgias para tratamento de epilepsias com origem no lobo temporal perfazem aproximadamente 60% de todas as cirurgias realizadas para epilepsias.
 
1a) Esclerose mesial temporal
 

Figura 22 - Ressonância nuclear magnética antes da cirurgia.

 

Figura 23 - Fotografia realizada durante a cirurgia. 1= amígdala 2= hipocampo

 

Figura 24 - Ressonância nuclear magnética realizada 3 meses após a cirurgia mostrando remoção adequada da lesão. A chance do paciente ficar livre das crises após este tipo de procedimento no nosso serviço é de 85%.

 
1b) Ganglioglioma temporal
 

Figura 25 - Ressonância nuclear magnética antes da cirurgia.

 

Figura 26 - Ressonância nuclear magnética realizada 3 meses após a cirurgia mostrando remoção total da lesão. A chance do paciente ficar livre das crises após este tipo de procedimento no nosso serviço é próximo de 100%.

 
1c) Cavernoma temporal
 

Figura 27 - Ressonância nuclear magnética antes da cirurgia

Figura 28 - Fotografia realizada durante a cirurgia

Figura 29 - Ressonância nuclear magnética realizada 3 meses após a cirurgia mostrando remoção total da lesão. A chance do paciente ficar livre das crises após este tipo de procedimento no nosso serviço é próximo de 100%.

1d) DNET (tumor neuroepitelial disembrioplástico)

Figura 30 - Ressonância nuclear magnética antes da cirurgia

Figura 31 - Fotografia realizada durante a cirurgia

Figura 32 - Ressonância nuclear magnética realizada 3 meses após a cirurgia mostrando remoção total da lesão. A chance do paciente ficar livre das crises após este tipo de procedimento no nosso serviço é próximo de 100%.

1e) Esclerose tuberosa

Figura 33 - Ressonância nuclear magnética antes da cirurgia revelando o “túber”.

Figura 34 - Fotografia realizada durante a cirurgia do mesmo “túber”

Figura 35 - Ressonância nuclear magnética realizada 3 meses após a cirurgia mostrando remoção adequada da lesão. A chance do paciente ficar livre das crises após este tipo de procedimento é variável, porque o paciente pode apresentar mais de um “túber”, ou seja, pode apresentar mais de um foco epiléptico.
A paciente demonstrada aqui ficou sem crises depois da cirurgia.

1f) Astrocitoma de baixo grau (astrocitoma grau II)

Figura 36 - Ressonância nuclear magnética antes da cirurgia

Figura 37 - Ressonância nuclear magnética realizada 3 meses após a cirurgia mostrando remoção adequada da lesão. No caso dos astrocitomas de baixo grau, o controle das crises depende da remoção total da lesão. A remoção total da lesão geralmente deixa o paciente livre das crises. Neste caso ilustrativo o paciente ficou sem crises desde a cirurgia realizada em 2002 e continua em seguimento médico.

1g) meningioma

Figura 38 - Ressonância nuclear magnética antes da cirurgia

Figura 39 - Fotografia realizada durante a cirurgia

Figura 40 - Ressonância nuclear magnética realizada 3 meses após a cirurgia mostrando remoção total da lesão. Em geral, os meningiomas não são causa freqüente de epilepsia de difícil controle, porém podem causar epilepsia em alguns casos como esse.